sábado, 4 de junho de 2011

bem te vi

quando
uma palavrinha
encontra
uma irmãzinha
ou uma prima,
isso se chama
rima.
bem- te- vi
te vi cantar
de alegria.
te vi dormir
de mansinho.
vi, nesse mesmo dia,
dentro de ti,
a  alma colorida
de um passarinho.
zum- zum- zum
o zumbido
da abelha
faz coceguinhas
na orelha.
peixinho
o peixinho chorava e chorava.
era tanta a sua mágoa
que já não sabia
se nadava em lágrimas ou água.
não queria comer,
não queria brincar,
só queria chorar.
o peixinho estava com saudade
dos sapinhos da lagoa,
dos irmãozinhos, dos priminhos,
daquela vida de peixinho tão boa.
o peixinho chorava e chorava.
sozinho no fundo do aqúario,
justo no dia do seu aniversário.
palhaço
ei, rosto, mambembe e lambuzado de cor,
me ensina de novo o refrão da marmelada.
ei, cara gozada que chora e ri ao mesmo tempo,
faz estripulia e leva um tombo pra eu dar risada.
ei, moço da roupa larga e do sapato grande,
é gostoso ficar embaixo dessa lona furada?
ei, amigão do peito, sujeito sem idade,
conta pra mim como se faz palhaçada.
eclipse
onde?
onde?
onde?
olha lá
a lua
brincando
de esconde- esconde.
mar
no mar,
tem siri e ostra,
marisco e lagosta,
bichos bonitos,
bichos esquisitos.
o mar
é lindo e gozado.
a gente entra doce
e sai salgado.
paraiso
será que deus
mora num sitio no céu?
será que ele
ordenha nuvens pra chover?
a grama lá é toda azul?
estrela é fruta de comer?
será que ele
tem televisão?
eu acho que não.
eu acho
que o sol
é o seu fogão.
e a lua,
seu lampião.
plim- plim
o alecrim
foi plantado no xaxim.
a- a- atchim!
fez o espirro do benjamim.
é de cetim
a fantasia do arlequim.
o papa- capim
fugiu do jardim.
e assim
este livrinho chega ao fim.

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